quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Fazendo as Malas - Aldeia das Águas

No início do mês nós passamos três dias no Aldeia das Águas Resort. Havia comprado uma promoção no Hotel Urbano por um preço ótimo (algo entre R$250 e R$300 para duas diárias com café e entrada para o parque) e pretendíamos marcar para Janeiro, mas só conseguimos vaga em Fevereiro.

Demos sorte e todos os dias fizeram sol. A estrada foi muito tranquila (não sigam o caminho indicado pelo Google Maps, que te manda para uma estrada de terra. Vá por Barra do Piraí) e por volta de meio dia chegamos no hotel.

O horário do check in era 14h, mas eu nunca tive problema em chegar mais cedo, essa foi a primeira vez. Como era um dia de semana (terça-feira) e o hotel estava bem vazio, me pareceu má vontade da recepção de simplesmente me transferir para um quarto que já estivesse limpo... Tive que esperar até 14h pontualmente, acreditam? Nesse meio tempo eles, pelo menos, me deixaram usar as instalações do hotel e nós aproveitamos para jogar pingue pongue e totó e ficar lagarteando na piscina.

A piscina do hotel fica sempre vazia pois todo mundo prefere ir pro parque! E ela conta até com bar molhado.
Como os quartos do hotel oferecem micro-ondas, pia e frigobar, levamos comida do Rio e nos recusamos a almoçar no restaurante do resort. Resultado: entramos, 14h01 no apartamento MORRENDO de fome!

Pra quem não sabe, o Aldeia das Águas é famoso por possuir anexado um parque aquático que possui o MAIOR TOBOÁGUA DO MUNDO em altura. No total são 17 piscinas com várias atrações: piscina de ondas, bar molhado, rio corrente, playground para crianças, toboáguas... E ainda tem tirolesa, arvorismo,  escalada, sauna, lago para pescar e fazendinha! E o melhor: os hóspedes do hotel tem acesso livre ao parque! Levando em conta que o ingresso adulto custa R$80, para mim foi mais barato ficar no hotel!

Kilimanjaro: o maior toboágua do mundo visto do hotel.
Mas nós havíamos acabado de chegar de viagem e não estávamos com pique de ir para o parque. Resolvemos aproveitar um pouco mais a piscina do hotel e relaxar vendo filmes e seriados no ar condicionado gostoso do quarto. Fomos dormir bem cedo e no dia seguinte nos deparamos com uma maravilhosa mesa de café da manhã!

Doces, muitos doces!

Muita opção!

Para os amantes de queijo

Vários pãezinhos!
Agora vamos combinar: tem como começar o dia melhor? Não mesmo! E foi assim, super bem alimentados, que fomos conhecer o parque. 

A primeira parada foi na fazendinha, que me deu a sensação de que ninguém vai lá. Não me entendam mal, os bichos pareciam bem cuidados, mas faltava público! Espero que no final de semana eles recebam mais calor humano!

Galinhas, patos e até um peru conviviam juntinhos!

A vaquinha estava tentando fugir do sol...

... Enquanto o porquinho aproveitava sua mini-piscina!
Logo ao lado ficava o lago da pescaria (para quem quiser, também tem um passeio de pedalinho, pago à parte), mas nós resolvemos deixar o atrativo para o dia seguinte.

Continuamos a subir uma ladeira para começar a encontrar o oásis: as piscinas! Tem de vários tipos, formatos, cores, modelos, concentrações de cloro, e todas estavam muito limpas e bem cuidadas.


Entre uma e outra você acaba se deparando com mini toboáguas, de onde você desce em slow motion (boa alternativa para os medrosos).

Só dando muito impulso para conseguir chegar até o final!

Passamos também por umas piscinas para a prática de esportes, que estavam desertas.
Atravessamos uma ponte e aí encontramos as atrações mais 'parque aquático' e menos 'piscinas para relaxar'. 

Playground infantil - aquele balde no meio da foto é uma delícia de ficar embaixo!

Ficamos na piscina de ondas até o Lucas criar coragem para o Kilimanjaro (coragem dupla: para descer pelo brinquedo e para subir até ele!) - eu detesto toboáguas.

Começamos a subida e demos de cara com uma mini cachoeira deliciosa! Diria até que foi minha parte preferida do passeio! A água dela é justamente a que vem do Kilimanjaro, com a força na medida certa (melhor massagem nas costas ever!).

Refrescados, continuamos a subir e, ao chegar na base do toboágua, descobrimos que o muro de escalada é justamente ali, na estrutura do brinquedo! Esse foi o único atrativo que eu achei mal conservado... Os ganchos onde você se agarra estavam meio soltos, rodando, e as próprias placas do muro pareciam estar 'soltando'. Não recomendo a brincadeira.

Só assim para se ter noção da altura!
Dei um beijo de boa sorte no meu amado e desci para fotografar, enquanto ele iniciou a gigantesca subida de escadas.

Homem descendo o Kilimanjaro e protegendo suas partes íntimas.
No meio da descida tem uma ponte, onde eu fiquei ansiando por enxergar o Lucas! Na verdade, ele apareceu muito antes do que eu esperava e, quando nos encontramos, sua expressão de 'missão cumprida' mostrava que o desafio valeu a pena!

Ainda aproveitamos mais um pouco a cachoeira e resolvemos voltar para a piscina do hotel, onde ficamos até começar a escurecer. Durante a noite o hotel não tem quase atrativo nenhum, mas nós estávamos preparados com um computador cheio de filmes!

Acordamos, aproveitamos o café maravilhoso e fomos tentar a sorte na pescaria! O serviço é pago à parte (R$5 para alugar o material), mas estávamos esperançosos e resolvemos pagar. 

Nossa falta de experiência fez com que, logo no início, conseguíssemos capturar uma árvore inteira (sim, nós prendemos a linha no galho da árvore) e eu já comecei a desistir... Admito que, depois dessa história, eu sentei em uma cadeira e joguei Free Cell no celular até o Lucas gritar que havia pego um peixe!!!!!! Ou melhor, um peixão!

1,4kg de tambaqui!
Aí você paga R$15 por quilo e pode comer o seu peixe lá mesmo (eles cozinham para você) ou levar para casa. Exibidos, preferimos levar para a casa e mostrar para todo mundo! 

Arrumamos as malas, fizemos o check out e botamos o pé na estrada. Menos de 3 horas depois, já estávamos no Rio, assando o peixe!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Lubrificante Social - Wäls Petroleum

De uns anos para cá a cultura cervejeira tem crescido bastante no Brasil. Eu mesmo só tomei a minha primeira cerveja "diferente" há uns 4 ou 5 anos, no Herr Brauer, então um dos poucos lugares que ofereciam uma carta diversificada de cervejas. Uma deliciosa Tripel Karmeliet... Mas isso é outra história. O mercado vem se expandindo e, acho que pouca gente sabe, o Brasil vem produzindo cervejas de qualidade, que não ficam devendo nada às clássicas belgas, alemãs, holandesas...

Uma grande cervejaria artesanal brasileira fica em Belo Horizonte, um dos paraísos cervejeiros do Brasil. A Wäls começou fabricando chopes para o Stadt Jever, o bar da família dona da cervejaria, e hoje tem vários rótulos deliciosos, dos quais o meu preferido é a Petroleum.



Tomei ela pela primeira vez em BH, no próprio bar da Wäls. Fiquei apaixonado. Sempre gostei de cervejas fortes e essa desafiou o meu paladar como nenhuma outra antes havia feito. Para começar, a viscosidade dela já causa uma forte impressão. O nome não poderia ser melhor, a cerveja parece óleo. Mas não se enganem, o sabor é maravilhoso. Forte, marcante, o gole desce fácil. Uma cerveja de macho! Óbvio que é brincadeira, mas, de maneira geral, os sabores mais fortes não agradam muito ao público feminino. E a Petroleum só agrada mesmo a quem gosta de cerveja bem amarga.

E o melhor de tudo, nem é tããão cara assim, considerando que, depois dela, você provavelmente não vai querer beber mais nada. Se procurar direitinho é possível achar um preço bem em conta.


Então corra logo para o supermercado (ou website) e compre essa maravilha! Mais do que qualquer outra, essa realmente é um lubrificante social.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Pipoca na Panela - As Aventuras de Peabody e Sherman

"Mr. Peabody (voz de Ty Burrell no original e Alexandre Borges no Brasil) é o cão mais inteligente do mundo. Ele acaba de construir uma máquina do tempo, mas ela é roubada por uma pessoa que pretende fazer várias viagens pela História. Imediatamente, o cão e seu ser humano de estimação, Sherman, devem correr para retomar sua invenção e impedir mudanças drásticas na história da humanidade."


Já contei que eu adoro animações? Provavelmente já, né? E é isso o que me motivou a acordar cedo em pleno domingo para conferir a pré-estreia do novo filme da Dreamworks. Honestamente, fui esperando algo mais ou menos, o que normalmente encontramos em filmes infantis lançados no período de aula, mas me enganei demais!

Peabody e Sherman são dois personagens amáveis que tentam se encaixar no mundo depois de terem sido rejeitados (o cão nunca conseguiu um dono e o menino foi abandonado pelos pais biológicos). Como é de costume nos filmes para crianças atuais, o bulling é tema frequente no longa, mas de maneira nem um pouco piegas.


Talvez o filme possa ser considerado um pouco bobo e previsível, mas não podemos esquecer o público alvo para o qual ele é direcionado. De qualquer forma, as piadas são muito engraçadas, as referências são ótimas e papais e mamães não ficarão entediados durante os 92 minutos.



domingo, 23 de fevereiro de 2014

Pipoca na Panela - Doze Homens e Uma Sentença



Tem certos filmes que todo mundo deve assistir, não é? E Doze Homens e Uma Sentença certamente entra em qualquer lista. Era um daqueles que estavam no meu computar há milênios, mas que, por um motivo ou por outro, eu nunca parava para assistir.

"Um jovem porto-riquenho é acusado do brutal crime de ter matado o próprio pai. Quando ele vai a julgamento, doze jurados se reúnem para decidir a sentença, levando em conta que o réu deve ser considerado inocente até que se prove o contrário. Onze dos jurados têm plena certeza de que ele é culpado, e votam pela condenação, mas um jurado acha que é melhor investigar mais para que a sentença seja correta. Para isso ele terá que enfrentar diferentes interpretações dos fatos, e a má vontade dos outros jurados, que só querem ir logo para suas casas."

Que arrependimento! Queria ter visto esse filme há muito tempo, pois ele tem o incrível poder de lhe mostrar que todo mundo tem força.

SO-ZI-NHO! SO-ZI-NHO!
Foi necessário somente um homem com opinião divergente para forçar, um a um, todos os jurados a repensarem suas decisões.

Existem filmes que são assim: simples, com um único cenário e somente 12 atores, mas que nos tocam profundamente!



Um roteiro muito bem construído, uma ambientação claustrofóbica e atuações convincentes foram o suficiente para criar um grande clássico da história do cinema.

E se você ainda não tomou vergonha na cara, assista o quanto antes! Garanto que não haverá arrependimento!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Fazendo as Malas - Foz do Iguaçu Parte 3

Confira a parte 1 e parte 2!

Como sempre, nosso dia começou cedo. Café da manhã reforçado e lá vamos nós para o ponto de ônibus! Mesmo sendo sábado, o ônibus não demorou muito a passar e logo estávamos saltando em frente ao Parque das Aves! Ele abre antes das Cataratas (08h30) e o ingresso custa R$20 para brasileiros (estudantes pagam meia).

Com o calor que fazia, eu invejei muito esse laguinho!

Numa perna só!
Admito que eu sou suspeita para falar de qualquer lugar que tenha animais, mas eu realmente adorei! O local é extremamente bem cuidado e os animais me parecem muito bem acomodados. Pelo que eu li, a grande maioria (mais de 90%) dos animais foram resgatados (de maus tratos ou do tráfico) ou nasceram no próprio parque. 

Não parecem elfos?
Todas as jaulas são grandes e ainda tem a parte mais legal: os viveiros! Neles os animais ficam soltos, enquanto os visitantes vão passando. A maioria das aves é meio acanhada, mas os tucanos adoram a presença humana, aparentemente!

É um desenho animado!

Esse adorava carinho na cabeça!
De frente eles não são tão bonitos, né?
 Eles eram as únicas aves que vinham para perto e tinha um que até gostava de receber carinho (e outro que gostava mesmo era de bicar todo mundo - mas não dói nada!).

Além das aves, o parque também conta com um borboletário muito rico, mas foi nessa hora que nos demos conta de que esquecemos de carregar a bateria da máquina durante a noite! Resultado: só restou recorrer à máquina do celular!

Obviamente, as fotos das borboletas viraram borrões voando, mas algumas até que se salvaram!

Araras namorando!
O passeio termina e você se depara com uma lojinha (é claro) que vende produtos semelhantes aos encontrados nas Cataratas do lado Brasil, mas por um preço um pouco mais salgado. Há também um lanchonete com preços muito honestos. Sanduíches naturais gostosos, salgados bonitos e água por R$2 a garrafa! Pra completar tem picolé geladinho, delicioso e com sabores exóticos da marca Delícias do Cerrado, aproveite para provar!

De lá caminhamos até o Parque das Cataratas, que fica realmente em frente. Próximo à entrada tem algumas barraquinhas que vendem 3 garrafinhas de água por R$5. Vale a pena comprar, pois lá dentro cada uma custa R$4. Aproveitamos também para comprar chapéus, já que estava MUITO sol. Foi um ótimo investimento!

Compramos nossos ingressos (R$29,20 cada um para adultos brasileiros) e pegamos o ônibus (enquanto do lado argentino temos um trenzinho velho, no lado brasileiro temos modernos ônibus paranômicos com ar condicionado no andar de baixo). Descemos somente no ponto da Trilha das Cataratas, que é o último e mais famoso. Praticamente todos (se não todos) os outros passeios do lado brasileiro são pagos à parte e feitos com o Macuco Safari por preços bem altos.

Começamos a aventura e a vista é deslumbrante!

E pensar que no dia anterior nós estávamos em um daqueles barcos!
A cada passo que você dá, mais perto vai ficando da magnitude das quedas d'água. A trilha é linda durante todo o seu percurso e é incrível ouvir tantas línguas diferentes maravilhadas com as imagens.

Tudo fica ainda melhor quando você finalmente alcança as passarelas que te levam até bem pertinho da água: o calor é refrescado pela 'chuva' e os seus olhos parecem não acreditar no que veem. Aproveitamos para puxar as últimas energias da bateria da câmera e tentar fazer uma fotos mais bonitas do cenário.



A máquina focou nas gotinhas e serviu para provar que molha mesmo!
Depois de aproveitar bastante o 'banho', é hora de subir tudo aquilo que havíamos descido, mas agora vem a surpresa boa: nada de escadas ou rampas! Tem um elevador panorâmico nos esperando!!!!

Quando chegamos lá em cima a vista é tão-tão-tão espetacular que nem dá para acreditar!

Panorâmica feita com o celular, acreditam?

Tão pertinho!
Claro que nessa parte do parque nós temos direito a lojinha e lanchonete, né? E os famosos quatis, que não são nem um pouco bobos, ficam esperando os turistas nas mesinhas. São muitos! Fofíssimos, mas super abusados. Sobem na mesa, mexem na sua bolsa procurando comida e até se apoiam na sua perna se você estiver comendo algo gostoso. Todo mundo sabe, mas é bom relembrar: eles transmitem raiva, ok? Então, antes de sair querendo fazer carinho, tome muito cuidado e pense duas vezes! Isso pode estragar sua viagem. Não que eu ache que um quati vai literalmente te atacar, mas você já deu uma olhada nas unhas deles? Qualquer movimento mais brusco que ele faça e um arranhão na sua perna lhe renderá uma visita ao hospital com direito vacinas e mais vacinas.

São muitos!

Caminhamos até o ponto de ônibus para retornarmos até a entrada. A viagem foi novamente bem tranquila e com temperatura agradável! Nossa visita havia chegado ao fim, infelizmente.

Bem em frente à entrada do parque tem um ponto de ônibus de linha normal, que nós pegamos até o TTU, onde saltamos e pegamos outro até a famosíssima Ponte da Amizade! Ela tem somente 500m e nós resolvemos atravessar a pé mesmo. Muita gente fala sobre ser perigoso, mas, curiosamente, nenhuma dessas pessoas realmente atravessou a ponte a pé... Vá entender, não é mesmo?

Eu achei o trajeto tranquilíssimo (bem mais deserto do que eu imaginava, é verdade) e não fiquei com medo em momento algum. Aliás, a travessia foi o momento mais legal desse passeio!

Novamente, só passamos na aduana por querermos o carimbo mesmo, afinal, não havia ninguém para nos parar. Pegamos um mapa da cidade lá mesmo e começamos a caminhar! É tudo bem sujo (as ruas são imundas, cheias de lixo no chão) e, como já era o final da tarde de um sábado, muitas lojas estavam fechadas.

Diversos vendedores ficam te berrando e tentando empurrar coisas, o que é realmente chato. Um deles começou oferecendo pares de meia a R$0,50 e, com a minha ausência de resposta, chegou a míseros R$0,20!

Entramos em duas espécies de shopping, um deles bem atrás da RF paraguaia, que estava com todas as lojas abertas. Os preços eram sempre em dólares, mas eles aceitavam reais também. Não fiquei com vontade de comprar nada e só voltei com 2 pacotes de ketchups Heinz que estavam em promoção (2 x USD3,00). Como estávamos com sede, também tomamos uma cerveja e uma Coca-Cola Vanilla.

Atravessamos para o Brasil, novamente andando, e pegamos um ônibus até o TTU. Havíamos deixado para o último jantar a melhor refeição: a noite italiana do Bella Távola! O jantar já estava até pago (fizemos a reserva pela internet ainda no Rio) e estávamos babando de fome!

Apesar de nossos trajes suados e molambentos, fomos super bem atendidos no restaurante de um hotel 5 estrelas e comemos demais! O jantar custa R$60 por pessoa e a comida é liberada, com direto a uma das maiores mesas de queijo do Brasil (é muito queijo!!!), rodízio de massas, buffet frio e quente e sobremesas deliciosas!

É um pouco mais caro do que estamos acostumados a gastar com refeições quando viajamos, mas foi demais! Pra melhorar, a bebida não é cara e uma garrafa de um vinho tinto bem aceitável sai por R$30~R$40.

Empanturrados, pedimos um táxi até o hotel (era noite de sábado para domingo e estávamos cansados e com medo de mofarmos no ponto de ônibus) que não deu nem R$15. Desmaiamos na cama e, no dia seguinte, tomamos café e fomos direto pegar o ônibus para o aeroporto. 

Como era Domingo, esperamos um tanto no ponto e, quando ele finalmente chegou, estava LOTADO! Fomos apertados até o final da viagem, mas economizamos uns R$40 por não termos ido de taxi, então compensou. A viagem chegou ao fim e me deixou com a certeza de que tem muito Brasil ainda para eu me apaixonar!



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pipoca na Panela - Orgia Cinematográfica

O dia do Oscar 2014 está chegando e ainda falta ver alguns dos indicados a melhor filme. Aproveitamos que tínhamos ingressos para gastar (47 Ronins e Glória) e decidimos tirar o dia de ontem para fazer uma verdadeira orgia cinematográfica. Além dos mencionados, incluímos Philomena e Nebraska no nosso cronograma.


Começamos o dia de maneira light com "47 Ronins". Não vou entrar muito a fundo nele. É divertido, mas, na minha opinião, ficou muito galhofa para um filme que tenta ser sério com os conceitos de honra do Bushido. Isso, apesar de tudo, ele conseguiu.

Depois da pipocada, entramos em uma sequência de Philomena, Nebraska e Glória. Todos no estilo que o meu pai gosta de chamar de "filmes de gente". Em vez de comentar um por um, farei uma relação entre eles que me veio quando estávamos nos preparando para ver o segundo filme do dia. Depois de acomodados nas cadeiras, eu fui ao banheiro. Na volta encontrei uma fila de senhorinhas subindo as escadas e pensei: "elas vão demorar uma vida, vou subir pelo outro lado". E assim o fiz. Como havia previsto, cheguei mais rapidamente ao meu lugar do que teria se tivesse esperado a procissão passar.

Não me entendam mal, eu não tenho nada contra velhinhas e, muito menos, contra elas irem ao cinema. Acho ótimo que muitas pessoas com idade mais avançada busquem filmes como forma de entretenimento e reflexão, em vez de ficarem plantadas em casa vendo Vale a Pena Ver de Novo. Gostaria que minha avó fizesse isso.


 O grupo da escada discutia animadamente sobre qual seria o seu lugar, uma delas até tinha uma lanterna. Todas subiam devagar. O cinema estava lotado de velhinhas, talvez porque o filme era sobre uma, talvez por ser uma sessão à tarde de um dia de semana, não sei. Confesso que esperava que o filme se tornaria um show de comentários, como muitas vezes ocorre. "Que horror, por que ele fez isso?" ou "essa fulana é muito mau caráter", ou ainda "olha, foi demitido". Não foi. Uma pena, eu realmente gosto quando isso acontece.

Voltando um pouco ao assunto principal. Não quero parecer velho (de espírito), mas, com o passar do tempo, comecei a pensar em coisas que, há uns anos atrás, nunca me vinham à cabeça. Como, por exemplo, me perguntar "como será a minha velhice?" Tenho todos aqueles medos e dúvidas que a maioria têm, sobre ficar sozinho e tudo mais.

Esses três últimos filmes abordam questões interessantes sobre a vida. Uma senhora atormentada há 50 anos por segredos 'vergonhosos', com um sentimento de culpa imputado por suas crenças religiosas, decide buscar o que lhe foi tomado. Um senhor, vítima de si mesmo, com suas muitas frustrações, se agarra a uma busca fantasiosa para tentar compensar, pelo menos um pouco, as suas faltas. Uma jovem-quase-senhora tenta lidar com a nova fase da vida que chega. Jovem de espírito, divorciada, com dois filhos já adultos e independentes, ela quer viver. No sentido mais amplo da palavra.

Desses, o meu preferido foi Philomena. Com sua beleza e simplicidade, me cativou. Me vi angustiado com o sofrimento que lhe foi imposto e torci por ela até o fim. E fiquei admirado com sua postura diante de tantas adversidades. A mesma fé que a levou a aceitar a injusta penitência; a mesma que foi questionada ao longo do filme, é aquela que traz a redenção para si e para os outros.


Mas também não posso deixar de elogiar Nebraska. Acho que o filme trata o sentimento de humanidade como poucos fizeram. Junto com o filho de Woody, passamos por um processo que nos faz entender um pouco melhor sobre a vida de um homem de poucas palavras, que raramente diz o que realmente sente.

Glória, apesar de não ter me tocado tanto quanto os dois anteriores, me mostrou que a liberdade é sempre possível, se você tiver coragem de se proclamar livre. Não é uma tarefa fácil.



Em comum, três vontades de fazer algo a mais, de compensar o tempo que não volta. Três clamores por mais vida. Só um pouco mais.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fazendo as Malas - Foz do Iguaçu Parte 2

Confira a parte 1!

Nosso segundo dia de viagem seria na Argentina! Acordamos bem cedo, tomamos um delicioso café da manhã no hotel (são muitos tipos diferentes de bolos, uma delícia!) e fomos andando até o ponto de ônibus. Ao chegarmos tomamos um chá de cadeira esperando o bendito ônibus que iria até Puerto Iguazú por incríveis R$4 por pessoa. O ônibus era diferente dos que normalmente circulam em Foz (estes são verdes), mais velho e mal conservado, mas, por esse preço, quem pode reclamar?

A viagem é rápida e o ônibus para na Aduana para que brasileiros desçam e apresentem os documentos para a Receita Federal argentina. Mas, diferentemente do que ocorre nos aeroportos, você não avisa a RF brasileira que saiu do país. Na verdade, fica fácil entender como tanta gente consegue fugir do Brasil. No fundo, só salta do ônibus quem quer. Nada me impediria de bancar a argentina e continuar sentadinha no ônibus esperando os brasileiros subirem.

Como o ônibus estava um tanto quanto cheio, esse processo demorou uns 15, 20 minutos e nós seguimos viagem. O motorista avisou aos passageiros quando chegamos ao ponto em que deveríamos descer para pegar o outro ônibus que levaria até o lado argentino das cataratas, mas não sem antes nos dar uma dica: do lado do ponto de ônibus está uma cooperativa de taxi, que cobra o mesmo valor do ônibus para levar 4 pessoas até a entrada do parque. Perfeito! Conversamos com duas espanholas que toparam rachar o taxi com a gente e fomos sentados e no ar condicionado geladinho! Valeu super a pena e é uma ótima dica!

Pra melhorar ainda mais, como tem muita gente que sai do Brasil apenas com reais e o parque argentino só aceita pesos para pagar a entrada, o motorista ainda faz o câmbio (muita mais vantajoso que a casa de câmbio na entrada do parque) na hora para você! Nós já tínhamos comprado no Brasil os pesos, mas as espanholas foram salvas!

Valores em Fevereiro de 2014 (imagem retirada do site http://www.iguazuargentina.com)
Um dado importante: o parque abre 8h, porém no horário da Argentina! Como aqui no Brasil nós ainda estávamos no horário de verão, havia 1 hora de diferença! Nós chegamos no parque 8h30 no horário argentino e 9h30 no horário brasileiro.

Pra quem gosta de chá vi essas máquinas de água quente umas três vezes no parque!
Ingressos comprados, passamos pela roleta e caminhamos até o centro de visitantes. Aqui está o pulo do gato: no parque as comidas e bebidas são bem caras e é recomendável que você leve, pelo menos, água. O legal é que nesse centro de visitantes você tem um bebedouro! Então leve a garrafa vazia (para não carregar peso a toa) e encha ao chegar! Para quem gosta de chá (e eu vi MUITA gente carregando sua garrafa térmica), também tem maquininhas de água quente que (eu acho) são gratuitas.

De lá passamos no estande da Iguazu Jungle, a empresa que oferece passeios semelhantes ao Macuco Safari do Brasil por um terço do preço, para reservarmos nossos ingressos para a Aventura Náutica (180 pesos argentinos por pessoa - eles também aceitam reais). O atendente foi muito solícito e nos deu uma dica de como visitarmos o parque, que nós seguimos à risca: primeiro o circuito superior, depois o inferior (onde você fará o passeio de barco) e, por fim, a Garganta do Diabo!

Nossos ingressos ficaram marcados para 11:40, mas ele disse que, se chegássemos antes ou depois, poderíamos fazer o passeio da mesma forma, contanto que o barco não estivesse lotado (e que, na pior das hipóteses, eles devolvem o dinheiro).

Trenzinho não muito confortável, lento, mas com uma paisagem bem bonita!
Pegamos, então, o trem até o circuito superior e começamos nossa aventura!

Parece fumaça, mas é só água!

Aos pouquinhos as cataratas começam a surgir e o queixo começa a cair!
 
É muita água!

O circuito superior é literalmente isso: a gente vai passando por cima das quedas

Emocionante

Como a água molha muitas partes do trajeto, tem que tomar cuidado para não cair mesmo!




Para completar tudo, com todas as devidas paradas para fotografar e apreciar a vista, acredito que demoramos em torno de 1 hora ~ 1 hora e meia (são 650 metros).

Emendamos logo com o circuito inferior, que é bem mais longo (1,7km) e tem muito mais sobe e desce, mas te dá uma visão completamente diferente!
 
O parque tem muitas libélulas lindas!

Por conta do solzão que estava fazendo e da gigantesca quantidade de água, é possível encontrar arco-íris o tempo todo!
No meio do trajeto tem uma escada que leva ao passeio do Iguazu Jungle (e ao passeio de barco para a Isla San Martín - que não estava funcionando no dia). Ela é um tanto quanto cansativa, afinal, você vai ter que descer até láááá embaixo, no nível da água. A espera para entrar no barco é um pouco chata, principalmente quando os termômetros passam dos 40ºC e você está parado embaixo do sol entediado, mas nada que vá lhe fazer desistir! 

Os coletes são distribuídos junto com bolsas à prova d'água para colocar seus pertences e começamos a entrar no barco!

Píer onde o barco atraca
O tempo todo o passeio é filmado por um funcionário, que no final tenta lhe vender o DVD por 200 pesos, se não me engano. Como nós temos uma capinha à prova d'água para a máquina, nós mesmos filmamos o processo todo. O chato é que a capinha é daquelas de plástico (e não de acrílico), então você tem escolher se quer filmar ou fotografar antes de colocá-la na proteção. Vi algumas pessoas comprando o vídeo e acho que pode ser interessante para guardar de recordação, mas, honestamente, não tenho a menor ideia da qualidade da gravação.

O barco deixando o píer e a magnitude das cataratas ficando cada vez mais perto!
O passeio é bem rápido, dura entre 10 e 15 minutos, mas é o suficiente para fazer o seu dinheiro valer a pena! Primeiro o barco faz um passeio mais 'calmo' e mais de longe, para que todo mundo possa tirar suas fotos sem estragar sua máquina, mas depois a coisa fica mais hardcore! Ele avisam que é hora de guardarem os objetos na bolsa à prova d'água e pronto: é hora de se molhar! Como estava MUITO quente, foi uma delícia, mas era tanta água, mas TANTA, que eu mal conseguia abrir o olhos! Eles chegam muito perto das quedas! E você sai ensopado. MESMO. Eu vi algumas pessoas comprando capas de chuvas, mas eu realmente acredito que elas são inúteis. É melhor você ir com uma roupa de banho por baixo e ficar só de biquíni/sunga na hora do passeio, guardando suas roupas secas na bolsa.

Admito que eu estava com medo do passeio não valer a pena, mas super valeu! Recomendo demais!

Quando tudo chega ao fim, a escadaria que você desceu é agora a que você vai subir, então prepare as pernas! Quando voltamos ao circuito inferior, paramos em um banquinho para nos alimentarmos (nosso almoço foi Pringles) e secarmos um pouco a roupa e tudo mais (elas estavam, literalmente, pingando).

Passarinho que estava posando para fotos no caminho
Depois de recuperarmos as energias, caminhamos em direção ao trenzinho para irmos até a famosa Garganta do Diabo! Apesar da trilha ser a mais longa (são mais de 2km), não tem escadas, então foi a mais tranquila também.

Quando você finalmente chega no final e olha para aquela quantidade de água não dá nem para acreditar: é lindo demais! Mas, pra variar um pouco, é MUITA água, então prepare-se para se molhar. E quando eu falo se molhar, é quase entrar embaixo de um chuveiro, tá? Quando o vento joga a água para cima de você, não tem escapatória! E é uma delícia!

Novamente, não tiramos fotos, só filmamos, pelos mesmos motivos. :/

Foz é um dos lugares com maior concentração de borboletas do mundo!
Agora era hora de retornar: caminhamos de volta até a estação de trem, descemos (dormindo, pois já estávamos exaustos) e pegamos um ônibus (35 pesos por pessoa) até o Icebar! Avisamos ao motorista onde queríamos ficar e ele nos deixou na porta.

O Icebar Iguazu, como o nome já diz, é um bar de gelo. Você paga a entrada ($140 pesos - eles também aceitam reais) e tem direito a ficar dentro do bar por 30 minutos, consumindo à vontade! Quando nós chegamos um grupo havia acabado de entrar, então tivemos que aguardar um tempinho. 

Sala de espera
Eles fornecem um casacão e luvas, mas não calças e nem sapatos (eu vi uma moça que estava de short e sandália não aguentar ficar lá dentro nem 10 minutos). Também tem um armário onde você pode deixar bolsas e pertences gratuitamente.

Depois de vestidos somos enviados para uma pré-sala, que não tem praticamente nada e só serve para diminuir o choque de temperatura. Lá os termômetros marcar 5ºC. Ficamos cerca de 5~10 minutos, onde recebemos algumas instruções e, finalmente, é hora de encarar -10ºC!!!!

São diversas esculturas de gelo!


O barman não sente frio! Incrível!
Foi muito legal! Fica tocando uma música (bem eclética e sempre super dançante) e é impossível não se mexer muito devido ao frio! Eu estava com a roupa ainda molhada por conta das cataratas e parecia que ia congelar no início, mas, depois de um tempo eu já até conseguia tirar as luvas para bater fotos!

Os drinks são servidos em copos de gelo (o que deixa as luvas meio molhadas e muito geladas!) e também tem bebidas sem álcool para quem preferir.

Os trinta minutos são o tempo suficiente para você aproveitar o bar sem morrer de frio e fazer o seu dinheiro ser ingerido em forma líquida! Passeio aprovado!

Na hora de irmos embora, pedimos indicação de algum ônibus que nos levasse até a aduana, mas nos informaram que não havia nenhum. Comecei a ficar cansada em imaginar os 4km embaixo de um sol forte que eu teria que caminhar, mas tivemos a brilhante ideia de perguntar quanto seria um taxi até lá: R$10! Perfeito!

Em poucos minutos chegamos e resolvemos conferir o famosíssimo Duty Free Puerto Iguazú. Ele fica depois da RF argentina, então, antes carimbamos nossos passaportes. Esse passeio foi uma verdadeira decepção. Como todas as vezes que eu me deparo com um free shop, achei os preços pouquíssimo atrativos (principalmente com o dólar tão alto) e saí de mãos vazias. Realmente a estrutura é muito bonita e tem muita coisa, mas só serviu pra experimentar todas as bebidas e comidas que eles estavam oferecendo de graça mesmo!

Bandeiras da Argentina muito 'bem conservadas' na aduana
Caminhamos até o ponto de ônibus e esperamos um bocado até ele chegar. Mais R$4 de passagem para cada um e... De volta ao Brasil!

Exaustos, caminhamos até o hotel e, sem disposição para jantarmos fora, pedimos um pizza por telefone na Mega Pizza. Demorou um tanto, mas chegou e estava quentinha e gostosa! Fomos direto para a cama, ansiosos pelo dia seguinte!

Confira a parte 3!